Leandro Perdigão e Caio Ferreira • 27 jul 2023

10 Perguntas Mais Frequentes Relacionadas ao Sistema Fotovoltaico

Se você está considerando a instalação de um sistema fotovoltaico, é natural ter algumas dúvidas. Neste blog, respondemos às 10 perguntas mais comuns sobre energia solar.

Fotovoltaico
10 Perguntas Mais Frequentes Relacionadas ao Sistema Fotovoltaico

Como funciona um sistema fotovoltaico? 

Um sistema fotovoltaico converte a luz solar em eletricidade através de painéis solares instalados no telhado ou em áreas expostas ao sol. Os painéis contêm células fotovoltaicas fabricadas a partir de materiais semicondutores, como o Silício, e quando os fótons (partículas da luz solar) colidem com os átomos do material semicondutor os elétrons se deslocam gerando uma corrente elétrica em corrente contínua (CC). Um inversor converte a CC em corrente alternada (CA), que pode ser utilizada para alimentar aparelhos elétricos em sua residência.

Quais são os principais benefícios de instalar um sistema fotovoltaico em casa? 

A instalação de um sistema fotovoltaico em casa oferece uma série de benefícios, principalmente a redução das contas de energia elétrica, economia financeira a longo prazo, o uso de uma fonte de energia limpa e renovável, a autossuficiência energética, a valorização do imóvel, a baixa manutenção, incentivos governamentais e créditos fiscais, proteção contra aumentos de tarifas de energia, a contribuição para a sustentabilidade e flexibilidade de instalação em diversas áreas. Com essas vantagens, a energia solar se torna uma opção atraente para proprietários residenciais e comerciais preocupados com a eficiência energética e a sustentabilidade.

O que são créditos de energia solar e como funcionam? 

Créditos de energia solar, também conhecidos como net metering, permitem que os proprietários de sistemas fotovoltaicos “vendam” o excedente de energia produzida para a rede elétrica. Essa energia excedente é creditada na conta do proprietário, compensando a energia consumida da rede em momentos em que o sistema fotovoltaico teve uma geração de energia abaixo da sua capacidade. Ou seja, vamos supor que seu sistema gerou mais energia do que você consumiu no mês, no mês seguinte caso você consuma mais energia do que seu sistema gerou, este excedente será abatido desses créditos acumulados.

Qual a diferença entre inversores string e microinversores? 

Os inversores string e micro inversores são dispositivos utilizados em sistemas fotovoltaicos para converter a corrente contínua (CC) produzida pelos painéis solares em corrente alternada (CA) utilizável. A principal diferença entre eles está na forma de conexão dos painéis solares. Os inversores string são instalados centralmente e conectados em série a vários painéis, geralmente agrupados em uma "string". Isso significa que a tensão de toda a string é a soma das tensões individuais dos painéis. Por outro lado, os micro inversores são instalados individualmente em cada painel, convertendo a corrente CC produzida por cada um diretamente em CA. Essa abordagem permite otimizar o desempenho individual de cada painel, reduzindo o impacto de sombras ou problemas em um único painel refletido em todo o sistema. Embora os micro inversores possam ser mais caros, eles oferecem vantagens como monitoramento detalhado, escalabilidade modular e maior eficiência em condições de sombreamento ou desempenho variado dos painéis. A escolha entre inversores string e micro inversores dependerá das necessidades específicas do sistema, layout, monitoramento desejado e orçamento do projeto.

Microinversor vs Inversor String

Como é calculado o retorno financeiro de um investimento em energia solar? 

O retorno financeiro é calculado considerando o custo total de instalação do sistema fotovoltaico e a economia gerada nas contas de energia ao longo do tempo. O período de retorno (payback) é o tempo necessário para economizar o valor investido no sistema. Por exemplo, digamos que você investiu R$ 18.500,00 no seu sistema fotovoltaico e tem uma economia na conta de energia elétrica de R$ 450,00 em média. O seu payback será de, aproximadamente, 3 anos e 6 meses, em outras palavras, significa que após 3 anos e 6 meses sua economia chegará à R$18.500,00.

Quais os passos para instalação de um sistema fotovoltaico?

Avaliação do local: 

É importante realizar uma avaliação detalhada do local onde o sistema será instalado. Verificar a área disponível para os painéis solares, a inclinação e orientação do telhado ou superfície de montagem, bem como a existência de sombras ou obstruções que possam afetar a produção de energia.

Dimensionamento do sistema: 

Com base na avaliação do local e no consumo de energia da residência ou comércio/empresa, é dimensionado o sistema fotovoltaico de modo que atenda às necessidades de eletricidade do local. Isso envolve determinar o número de painéis solares necessários e o modelo, bem como a capacidade do inversor adequado.

Obtenção de permissões e autorizações: 

Verificar os requisitos locais para instalação de sistemas fotovoltaicos. Isso pode incluir a obtenção de licenças e autorizações de construção, bem como atender a quaisquer regulamentos específicos da região.

Seleção de equipamentos e fornecedores: 

Nem sempre o orçamento mais barato é o mais vantajoso. Existem muitas opções de painéis solares, inversores, estruturas de montagem e outros componentes do sistema que podem impactar no desempenho do seu sistema.

Instalação dos painéis solares e inversores: 

A fixação dos painéis solares na estrutura de montagem é fundamental para garantir que estejam adequadamente posicionados e conectados corretamente, assim como o inversor, que converte a corrente contínua produzida pelos painéis em corrente alternada para utilização na rede elétrica ou na residência/comércio. 

Testes e comissionamento: 

Realizar testes para garantir que o sistema esteja funcionando corretamente e atendendo aos padrões de segurança e desempenho. Isso inclui a verificação do funcionamento dos inversores, dos painéis solares e do sistema de monitoramento, se houver.

Conexão à rede elétrica (se aplicável): 

Caso o sistema seja conectado à rede elétrica (on-grid), deve-se entrar em contato com a concessionária local para garantir que o sistema atenda aos requisitos de conexão e segurança.

Monitoramento e manutenção: 

Atualmente, praticamente todas as fabricantes de inversores possuem um sistema de monitoramento via smartphone de modo que você possa acompanhar o desempenho do sistema ao longo do tempo, o que é muito importante. Além disso, programe também manutenções periódicas para garantir que o sistema esteja funcionando de forma eficiente e segura.

Quanto espaço é necessário para instalar um sistema fotovoltaico? E como funciona sua manutenção?

O espaço necessário dependerá da capacidade do sistema, da eficiência dos painéis solares e do consumo de energia do imóvel. Em geral, para um sistema típico residencial, são necessários aproximadamente 8 a 12 metros quadrados por quilowatt (kW) de capacidade instalada. 

Com relação à manutenção, é sugerível que seja feita a limpeza dos painéis periodicamente, principalmente em tempos secos, pois o acúmulo de sujeira nas placas pode causar uma redução na eficiência das mesmas. E também é necessário que seja feito um monitoramento constante do sistema, pois problemas estruturais podem ser identificados pelos softwares de acompanhamento da geração, podendo assim evitar problemas mais sérios na instalação.

Limpeza e monitoramento

Um sistema fotovoltaico pode ser utilizado em áreas remotas sem acesso à rede elétrica?

Sim, sistemas fotovoltaicos não conectados à rede elétrica (off-grid) podem ser utilizados em áreas remotas, fornecendo eletricidade independente. Na grande maioria dos sistemas off-grid, existe um banco de baterias, que armazena a energia gerada não consumida, e alimenta o sistema quando não existe geração, como ao anoitecer.

O que mudou com a regulamentação da lei 14.300?

No início de 2023, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou mudanças nas regras para a geração distribuída de energia solar no Brasil. Essas mudanças incluem a implementação gradual de novas tarifas e a redução dos benefícios para consumidores que possuem sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. Sistemas instalados após 7 de Janeiro de 2023 estão sendo tarifados por uma taxa de utilização da rede.

Como funciona essa cobrança?

A cobrança dessa taxa será feita em cima dos créditos do cliente, ou seja, se seu sistema de geração for superior ao seu consumo, todo o excedente injetado na rede ficará como crédito, caso no mês seguinte o cliente consumir mais energia do que gerar, a taxa será cobrada em cima do crédito na hora do abatimento.

Não entendi, pode exemplificar numericamente?

Considerando uma situação em que há isenção total de ICMS sobre a tarifa de energia, a cobrança do Fio B funcionará da seguinte forma:

  • Perfil residencial bifásico

  • Consumo da Unidade: 100 kWh

  • Geração: 100 kWh

  • Consumo Instantâneo: 30 kWh (30%)

  • Energia Injetada na Rede: 70 kWh

  • Consumo Registrado da Rede: 70 kWh

  • Considerando a tarifa de energia do kWh: R$ 1/kWh (TE + TSUD)

  • Parcela do Fio B que compõe a TUSD: R$ 0,29/kWh. (29%)

Como a cobrança do Fio B em 2023 irá corresponder a 15%, devemos levar em conta que serão cobrados, aproximadamente, R$ 0,04/kWh.
Com a nova lei, o consumo instantâneo não é cobrado, pois ele não passa pelo medidor de energia. Contudo, dos 100 kWh que são gastos ao mês neste caso hipotético, a taxa será cobrada apenas no Consumo Registrado da Rede.
Ou seja, o consumo registrado da unidade que usamos como exemplo é de 70 kWh. Se multiplicarmos por R$ 1,00/kWh, teremos + R$ 70.
Com o direito adquirido, a tarifa compensada é igual à tarifa de energia cobrada.
Então, o valor abatido por meio de crédito de geração seria de 70 kWh. Ao multiplicarmos por R$ 1/kWh, temos – R$ 70.
Entretanto, como a geração registrada e o consumo registrado são iguais, então será cobrada a taxa de disponibilidade de 50 kWh.
A tarifa compensada seria o valor da tarifa de energia menos o valor da parcela do Fio B vigente no período, que corresponde a R$ 1 – R$ 0,04 = R$ 0,96/kWh.
Logo, para uma energia injetada de 70 kWh, o valor abatido seria 70 kWh multiplicados por R$ 0,96, ou seja, – R$ 67,2.
O valor total referente ao Fio B seria o valor da energia injetada x o valor do Fio B. Neste exemplo, nosso resultado seria R$ 2,8 (70 x 0,04).

Considerações finais

A tarifa cobrada ainda é muito baixa, não hesite em instalar seu sistema de geração o quanto antes, o sistema fotovoltaico ainda é muito rentável, sustentável e o sol é infinito.

Caso sua dúvida não tenha sido respondida nesta postagem ou você queira realizar um orçamento para seu próprio sistema de geração, entre em contato conosco.

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